sexta-feira, 4 de maio de 2012

Após ter apresentado um artigo que fiz sobre a EJA (educação de jovens e adultos), venho postar sobre a psicogenética Waloniana.  Que nos conduz a um entendimento do porque de algumas reações no espaço escolar,vejamos. 

PSICOGENÉTICA WALLONIANA


A psicogenética walloniana atribui ao ato motor. Além do seu papel na relação com o mundo físico (motricidade de realização), o movimento tem um papel fundamental na efetividade e também na cognição. Um dos traços originais desta perspectiva teórica consiste na ênfase que dá à motricidade expressiva, isto é, à dimensão afetiva do movimento, como mostra o estudo sobre as emoções. Para que se compreenda essa diversidade de significados, é preciso que se admita que a atividade muscular pode existir sem que se dê deslocamento do corpo (de segmentos ou do todo) no espaço. Wallon vincula o estudo do movimento ao do músculo, responsável por sua realização. A musculatura possui duas funções: a função cinética, que regula o estiramento e o encurtamento das fibras musculares, e é responsável pelo movimento propriamente dito; e a função postural ou tônica, que regula a variação no grau de tensão (tônus) dos músculos.  Antes de agir diretamente sobre o meio físico, o movimento atua sobre o meio humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. Podemos dizer que a primeira função do movimento no desenvolvimento infantil é afetiva. É só no final do primeiro ano, com o desenvolvimento das praxias, gestos como o de pegar, empurrar, abrir ou fechar, que se intensificam as possibilidades do movimento como instrumento de exploração do mundo físico, voltando a ação da criança para a adaptação à realidade objetiva. O desenvolvimento das primeiras praxias define o início da dimensão cognitiva do movimento.  As regulações tônicas são as responsáveis pela estabilidade dos gestos e pelo equilíbrio do corpo. Apesar de mais evidente no domínio da expressividade, como se vê pelo papel que desempenha nas emoções, a função tônica está em íntima relação com a motricidade cinética, isto é, com o movimento propriamente dito. No movimento de corrida, por exemplo, é a função cinética que possibilita o deslocamento dos membros para determinada direção. Imprimindo uma força no sentido contrário, é a atividade tônica que dá estabilidade ao corpo. Na ausência de sustentação postural, o deslocamento de uma das pernas levaria, para sua direção, todo o resto do corpo, desestabilizando-o. O andar em zigue-zague e tombos sucessivos típicos dos bêbados deixam bem evidentes as conseqüências de perturbações no fluxo tônico normal. Todo movimento necessita de regulação do equilíbrio. Apesar de mais evidente na marcha, ou na corrida, é necessária também no deslocamento de segmentos corporais. O simples gesto de estender o braço e pegar um objeto sobre a mesa, com os dedos em pinça, exige uma variação do tônus imprimido aos músculos, permitindo que o gesto de preensão se sustente no espaço e o resto do corpo se mantenha numa postura adequada para o apoio. Na imobilidade, situação em que inexiste atividade cinética, a atividade postural é intensa. Dela depende a sustentação do corpo numa dada posição. Em sua ausência, o corpo desabaria. O tônus deve variar permanentemente para garantir estabilidade das relações entre as forças corporais e as forças do mundo exterior, entre os movimentos e os objetos.


APOIE ESTE PESQUISADOR EM SUA ETAPA FINAL DA GRADUAÇÃO.  DEPOSITE SUA AJUDA NA AGENCIA DO  BANCO DO BRASIL  AG. 0098-1     CONTA. 86078-6