domingo, 6 de julho de 2014

MUDANÇAS UM PARADIGMA NA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE.


(Freire 1967) Falando sobre mudanças diz: “Se processam numa mesma unidade de tempo histórico qualitativamente invariável, sem afetá-la profundamente. É que elas se verificam pelo jogo normal de alterações sociais resultantes da própria busca de plenitude que o homem tende a dar aos temas”. Estas palavras do nosso celebre pensador da educação, indica algo para refletirmos em nossa ação social e escolar. A sociedade promove mudanças e as defende conforme a rotatividade das circunstancias, que alteram a rota e o processo normal da vida ou dos tramites que estão em voga na conjuntura social. A temática que está inferida na sociedade em seus desenvolvimentos temáticos são diversas, vindo a deduzirem os pensamentos e ideais que anseiam os que possuem o poder de decisão e influencia social. Com isto, as pessoas são regidas por uma inconstância temática, pois cada um defende os seus interesses nas mudanças, ou seja, nunca uma mudança será proposta sem um interesse do idealizador; defendido em nosso país e Nação como sendo o melhor para o povo.
        A escola e o sistema que o conduz ou manipula, vem na convergência sempre também dos interesses da minoria, possuidora de voz ativa nas decisões efetuadas na educação. A temática que invariável muitas vezes nas propostas de mudanças em nosso sistema escolar, afetam a ideologia dos educadores e professores, vindo a lhes deter em suas propostas pedagógicas, nunca olhando para as realidades da sociedade, no seu transcurso. Com isto, os currículos e conteúdos programáticos, seguem propostas já defendidas outrora, que muitas vezes são apenas adequadas com as propostas temáticas, afim de parecer a mudança um intervenção necessária, promovedora do progresso e sucesso na educação.

     Mudanças não podem ser processadas e promovidas pela visão monista de um grupo ou de educadores, que em suas abordagens convencem; precisamos entender e permitir que as mudanças ocorram dentro do desejo proposto pelo que convivem com a educação e dela sobrevivem, tendo nela a sua ação diária. Assim educadores, professores, gestores, alunos, família e escola necessitam de espaço nas decisões que alteram o percurso da educação, o governo não podem lhes ter como parceiros que só observam, mas sim que também colaboram com as decisões. Esta é uma utopia social em nossa atualidade social, mas que precisa se tornar um processo natural, pois educação e ação social é coletividade e não individualidade.