sábado, 11 de abril de 2015

O CAMINHO DO SABER PÓS MODERNO.

   A condição pós-moderna é, todavia, tão estranha ao desencanto como à positividade cega da deslegitimação. Após os meta relatos, onde se poderá encontrar a legitimidade? O critério de eratividade é tecnológico.; ele não é pertinente para se Julgar o verdadeiro e o Justo' ,Seria pelo consenso, obtido por discussão, como pensa Habermas? Isto violentaria a heterogeneidade dos jogos de linguagem. E a invenção se faz sempre no dissentimento. O saber pós-moderno não é somente o instrumento dos poderes. Ele aguça nossa sensibilidade para as diferenças e reforça nossa capacidade de suportar o incomensurável. Ele mesmo não encontra sua razão de ser na homologia dos experts, mas na paralogia dos inventores. 

     Nesta ótica nos caminhos e encontros do saber, alcançamos os espaços e nossas ambições.  Nesta transformação geral, a natureza do saber não permanece intacta. Ele não pode se submeter aos novos canais, e tornar-se operacional, a não ser que o conhecimento possa ser traduzido em quantidades de informação. Pode-se' então prever que tudo o que no saber constituído não é traduzível será abandonado, e que a orientação das .novas pesquisas se subordinará à condição de tradutibilidade dos resultados eventuais em linguagem de máquina. Tanto os "produtores" de saber como seus utilizadores devem e deverão ter os meios de traduzir nestas linguagens o que· alguns buscam inventar e outros aprender. As pesquisas versando sobre estas máquinas-intérpretes já estão adiantadas. Com a hegemonia da informática, impõe-se uma certa lógica e, por conseguinte, um conjunto de prescrições que versam sobre os enunciados aceitos como "de saber".

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