domingo, 17 de junho de 2012


INTERVENÇÃO DE PLATÃO NA POLITICA E NA EDUCAÇÃO. 


Todo o pensamento platônico reestrutura-se a partir de bases epistemológicas mais exigentes e seguras. Ao mesmo tempo, as fronteiras entre o pensamento do próprio Platão e do seu mestre tornam-se mais nítidas, de tal modo que, no Parmênides, em lugar de Sócrates conduzir e dominar a discussão ele aparece jovem e inseguro diante de um Parmênides que, levantando dificuldades à teoria das ideias, deixa-o embaraçado. Costuma-se ver nessa inversão do papel atribuído a Sócrates nos diálogos o indício de que o platonismo já avançara para além das concepções socráticas, que o haviam inicialmente inspirado. Mas a crise que o Parmênides parece instaurar na teoria das ideias não significa que Platão desiste dessa doutrina. No Teeteto, a discussão sobre o problema do conhecimento e as críticas à identificação do conhecimento com a sensação posição que é aí atribuída ao sofista Protágoras de Abdera leva à reafirmação de que o conhecimento verdadeiro não pode dispensar a fundamentação nas idéias: E é esse mundo de essências estáveis e perenes que o diálogo chamado Sofista investiga. Ao examinar as bases da distinção entre verdade e erro, apresenta aguda crítica da atividade docente dos sofistas, acusados de criar e difundir imagens falsas, simulacros da verdade Já o Político retoma a tese de que o ideal para a polis seria a existência de um rei filósofo, que inclusive pudesse governar sem necessidade de leis. A preocupação política que reaparece ao longo dos diálogos continua a ter seu contraponto no campo prático. Na verdade o governo precisa ser desenvolvido dentro de uma política reflexiva, que analisa os prós e os contras, que nos diálogos são debatidos uma dialética construtiva, para que após seja efetivado o plano que for resultado de consenso, esta é a contribuição essencial da filosofia e do filósofo na política, pois polis esta evidenciando o povo, que precisa ser ouvido. A educação é também algo que precisa ser visualizada neste prisma Platônico, com uma direção construtiva e que possui no dialogo um elemento primordial para ser desenvolvida a pedagogia e a política, como segmentos que se relacionam, pois política sem educação não sobrevive, e educação precisa de política para existir.  Os escritos contidos nos "diálogos" platônicos, são conteúdos que constroem tanto politicamente como pedagogicamente. Por que possuem uma concepção universal de mundo, que transpõem os paradigmas sociais.   

2 comentários:

  1. Olá. Estou passando aqui para agradecer sua adesão ao, Só Para Dizer. E Só Para Dizer que sua presença é muito importante pra mim. Seja super-vem-vindo, sinta-se em casa por lá. É um espaço nosso!
    Quanto aqui, gostei bastante também. Já te faço companhia, passando sempre, com frequência.
    E, afetuosamente, continuemos...

    Uma ótimo restinho de tarde.
    Grande abraço.
    Tatiane.

    http://tatian-esalles.blogspot.com.br/

    Att.

    ResponderExcluir
  2. Oi Danilo,

    Tudo bem? Obrigada pela visita no Navegando no Cotidiano.

    O seu testo está muito bem escrito e fundamentado. Não conhecia sobre essa intervenção.

    Lu

    ResponderExcluir