SÓCRATES E A QUESTÃO DO DIALOGO
O
pensamento de Sócrates encontra-se fundamentado na perspectiva de que o ser
humano possui uma realidade interior mais significativa que a realidade do corpo.
Essa realidade Sócrates denominou de Alma. É nela que se encontra todo o
conhecimento. Contudo, o homem para entrar em contato, com este saber precisa
entrar em contato consigo mesmo, pela via da reflexão. Neste sentido é que o processo
de recordar, em Sócrates refere-se a uma estrutura unificadora de tudo o que há
para recordar. É esta característica estrutural do saber que se encontra expressa
no encadeamento das noções, que a teoria da reminiscência evidencia.
Num
primeiro momento na obra Menon, o dialogo inicia-se com perguntas sobre a
natureza da virtude e termina com a controvertida questão da relação entre
opinião e saber. Para ele, o conhecimento verdadeiro (o saber) se dá pelo
acesso à essência humana, ou seja, a alma. Ela é a sede de todo o conhecimento.
Já a opinião, é fruto da s impressões, da realidade mutável, do corpo, do mundo
dos sentidos.
Assim,
para Sócrates, o confronto oral que opõe os interlocutores com o intuito de,
pelo diálogo, avaliar a consistência das respostas dadas pelos seus
interlocutores. Além disso, o diálogo tinha a função de levar o interlocutor a
rememorar o conhecimento já existente em sua alma. Para Sócrates, o diálogo é
fundamental para retirar da alma dos interlocutores o conhecimento que este
ainda não sabia que possuía.
Esta
obra do Menon exemplifica como o novo método dialógico pode ser importante para
evidenciar como o conhecimento pode ser produzido e transmitido, instituindo
uma relação formal de ensino-aprendizagem.
Contudo,
não podemos esquecer que o diálogo é um elemento nivelador da busca na essência
humana, com o intuito de evidenciar as características básicas , o princípio
unificador que constituirá a natureza humana.
Olá amigo, vim retribuir sua visita e conhecer seu blog, estarei sempre por aqui. Grande abraço!
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