ESTAREI POSTANDO UM BREVE ARTIGO QUE FIZ SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM DUAS PARTES.

             A EJA NO CONTEXTO DO MUNDO DO TRABALHO

  

O presente artigo visa apresentar qual tem sido a participação do E J A no processo educativo e a sua contextualização com as realidades e desafios do mundo do trabalho, ou da atuação do trabalhador na vida profissional.   Tendo em vista que a maioria dos alunos que freqüentam o E J A, estão inseridos no mercado de trabalho, um mundo em que esta modalidade de ensino tem uma importante participação. Indicar quem são os freqüentadores desta modalidade, ressaltando as suas limitações e conquistas no universo escolar.   Mostrar que esta modalidade de ensino esta inteirada das realidades da vida profissional, pois se propõe a capacitar e formar o trabalhador para que possa desenvolver uma vida profissional. Enfatizar as dificuldades enfrentadas no contexto escolar pelos alunos que freqüentam o E J A após a jornada de trabalho. Portanto o nosso enfoque nesta temática vem a ser; aceitação e aplicação deste Sujeito no caso, o aluno em sua vida cotidiana de trabalhador e estudante.    

                A liberdade conquistada pelo espaço adquirido e o mercado de trabalho como instrumento que media as relações sócio-econômicas não são realidades e propostas novas, podemos dizer que iniciaram no século 19 e tomaram corpo nos embates sociais do século 20, sendo um tema refletido na globalização do século 21.  Nesta ótica só ocupa espaço o que tem, para se ter é preciso ser; e nesta proposta a educação surge como o elemento central para formar e capacitar os trabalhadores, para que possam ser inclusos no projeto pessoal e coletivo de serem considerados dignos de ocupar um espaço; nascendo assim o anseio pela qualificação.

                          A qualificação profissional no capitalismo se constitui em um dos

                          elementos   necessários á extração de mais valia. A relação entre

                          mais valia e qualificação leva a busca constante de diminuição dos

                          poros da produção, de organizar o trabalho de modo a explorar as

                          potencialidades do trabalhador de introduzir tecnologias que

                          possibilitem diminuição do tempo de trabalho necessário e aumento

                         do trabalho excedente. Assim, trabalhadores mais escolarizados e

                         qualificados podem propiciar uma maior produtividade e, no geral,

                         aumento de mais-valia relativa. É nesse quadro e nessa perspectiva

                         que o discurso empresarial tem se manifestado fortemente 
                         nos últimos anos. ( Carvalho,1999, p.52).

O discurso pode parecer explorador e negativo, mas tem um grande sentido benéfico o de motivar e despertar o jovem e adulto, que está inserido no mundo do trabalho para regressar aos estudos ou iniciar a trajetória da vida escolar.  Requerendo deste Sujeito  alguns desafios a serem vencidos, precisando se superar em vários aspectos, como: O cansaço causado pela jornada de trabalho, o constrangimento do adulto que ira dividir a classe com o adolescente, mas também a inibição do adolescente que estará junto com o adulto na mesmo espaço da sala de aula, as dificuldades do letramento e leitura já com idade para esta atividade avançada; na verdade entender o processo do aprender a reaprender; que ira lhe conduzir ao entendimento do conhecimento buscado na dimensão do saber.  Mas o anseio pelo ter lhe fará superar, cada descoberta causara um impacto que lhe revitalizara, pois o saber possui uma motivação própria; pois quanto mais conhecer, maior será sua realização, é um novo mundo que esta sendo descoberto, que traz consigo uma promessa a mudança e a liberdade.   Pois a educação produz mudanças de comportamento, posições e logo de espaços; traz a liberdade porque concede a independência por ser emancipadora, conduzindo os que por seus caminhos entram a conquistas, portanto renova a esperança das classes trabalhadoras. O E J A é uma modalidade direcionada a atender o trabalhador, a abraçar suas causas, concedendo oportunidade de sair de um contexto de dependência e subserviência escrava.  Pois a maior parte ocupa posições inferiores no mercado de trabalho, sendo desconsiderados; são adolescentes que atuam como office-boy, auxiliares de serviços gerais e adultos que vão desde o servente de pedreiro até o marceneiro, que adquiriram a profissão através da experiência diária, no exercício da função, são profundos conhecedores das realidades da sua atuação, mas anseiam por um espaço na sociedade dentro do mercado de trabalho, pois sonham com outras funções e atividades profissionais, o guarda almeja ser chefe de segurança, o pedreiro em ser um engenheiro; e com esta esperança alimentada a cada dia, o E J A ira construir este trabalhador.