DESAFIOS NA FORMAÇÃO DOCENTE - P/3
O COLETIVO NA
ATIVIDADE DOCENTE.
A idéia de equipa
pedagógica, tal como é formulada por Philippe Perrenout, aponta justamente para
a necessidade de erigir sistemas de ação coletiva no seio do universo docente.
Na perspectiva deste autor, o trabalho em equipe não deve ser visto como uma
conquista individual da parte dos professores, mas como uma faceta essencial de
uma nova cultura profissional, uma cultura de cooperação ou colaborativa.
Olhando para as questões da supervisão, é útil mencionar a importância de uma
análise coletiva das práticas pedagógicas que pode sugerir momentos de partilha
e de produção colegial da profissão. Num certo sentido, trata-se de inscrever a
dimensão coletiva no habitus profissional dos professores. Aliás Rui Canário, sublinha que “a competência do
indivíduo depende da rede ou redes de conhecimento às quais pertence”.
Mobilizando o termo “colégio invisível”, refere que “a competência das equipas
profissionais não se reduz à soma das competências individuais que as compõem”.
Nesta linha, sugere o conceito de competência coletiva, encarado numa
dupla vertente: a competência coletiva de uma equipa de trabalho e os sistemas
de competências organizados em rede. A concretização desta proposta faz
aparecer um ator coletivo, portador de uma memória e de representações comuns,
que cria linguagens próprias, rotinas partilhadas de ação, espaços de
cooperação e dinâmicas de co-formação participada.
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