O
PENSAMENTO COMPLEXO NO CURRÍCULO
O "pensamento complexo", discorre sobre a perspectiva hologramática
do conhecimento que contesta a visão do paradigma cartesiano, simplificado, em
que os fenômenos eram pontos isolados, uma parte do objeto de estudo. Na visão
hologramática, cada ponto contém o todo. Disso decorre que a fragmentação
curricular deve ser revista, no sentido da aquisição de uma visão mais ampliada
e complexa do conhecimento. Ainda em seus estudos, aprofunda a questão da
causalidade circular em que o efeito se transforma em causa, religando as
partes ao todo, apontando a ruptura com a linearidade, que nos remete à
concepção de currículo integrado. Santos (1989) organiza as perspectivas do
paradigma emergente, afirmando:
"[...] todo conhecimento científico
natural é científico social", superando a dicotomia entre natureza/
cultura,
mente/matéria, subjetivo/objetivo, valorizando os conhecimentos humanísticos;
)
"[...] todo conhecimento é local e total", colocando em debate a
exclusiva disciplinarização do saber científico;
"[...] todo conhecimento é
auto-conhecimento", pontuando a revitalização da proximidade do sujeito/
objeto
anunciada pela física quântica, quando demonstra que o ato de conhecer e o
conhecimento construído são inseparáveis;
"[...] todo
conhecimento científico visa constituir-se em um novo senso comum",
portanto, a aplicação do conhecimento construído na resolução do cotidiano deve
trazer sabedoria de vida.
No
currículo o pensamento complexo se manifesta de forma implícita em algumas
perspectivas que são inclusas em sua estrutura de disciplinas que são propostas
como nortes do curso em pauta. A complexidade é diferencial para situar os
elementos pedagógicos e a filosofia inquiridora do saber que o currículo afere.
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