sábado, 11 de agosto de 2012


A DIFUSÃO DOS SABERES E O DOCENTE.

Após alguns dias sem postar,estou retornando, tenho produzido alguns escritos e artigos científicos que tem sido publicado em eventos, na areá da formação  docente, na atualidade Antonio Nóvoa tem sido um autor que tem contribuído, com sua própria experiencia de Reitor, sobre o processo formativo. A seguir estarei adicionando uma parte de uma declaração deste educador. 


Quando o professor deslocar a atenção exclusivamente dos “saberes que ensina” para as pessoas a quem esses “saberes vão ser ensinados”, vai sentir a necessidade imperiosa de fazer uma reflexão sobre o sentido do seu trabalho. Seria necessário que esta reflexão tivesse, simultaneamente, uma dimensão individual (autoreflexão) e uma dimensão coletiva (reflexão partilhada). Acredito que é possível instaurar grupos de reflexão pedagógica, dentro das universidades, que conduzam pouco a pouco a instaurar rotinas de debate, de supervisão, de formação inter pares. Para recorrer ao exemplo das ciências médicas, temos em Portugal experiências importantes de grupos de professores que se juntaram em torno do ensino de dadas disciplinas, tendo começado a trabalhar na produção de novos materiais, com apoio de ambientes virtuais e das tecnologias da informação, recorrendo a apoios exteriores (eu próprio fui várias vezes discutir com eles aspectos pedagógicos e outros), desenvolvendo projetos de inovação e de pesquisa sobre a “aprendizagem em Medicina”, apresentando comunicações em congressos científicos e, a partir de toda essa atividade, foram integrando na sua identidade de professor universitário uma preocupação não só com os saberes, mas também com os alunos e com a maneira de trabalhar esses saberes. Esta parece-me a via adequada para provocar a formação do professor universitário. Pessoalmente, tenho uma grande desconfiança em relação aos cursos de Pedagogia, ou de Técnicas de Ensino, ou de Metodologias, ou de utilização de audiovisuais, ou outros quaisquer, que tendem a transformar a questão da “pedagogia universitária” numa questão de técnicas ou de métodos, esvaziando-a das suas referências culturais e científicas.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário