segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014





EDUCAÇÃO BANCÁRIA REPRIMINDO O SABER

Apesar das inovações metodológicas feitas por Freire, que lhe deram renome internacional, ainda hoje o modelo “bancário” predomina no ensino brasileiro, inclusive na universidade pública. Deste modo, quarenta anos após a primeira publicação de “Pedagogia do Oprimido” retomamos a crítica à concepção bancária para discutir a situação atual do ensino superior.
Ao ingressar na universidade, este aluno se defronta, muitas vezes, com currículos pouco flexíveis, que terminam por reforçar e reproduzir uma atitude passiva perante os conteúdos, atitude essa já moldada pelos anos de preparação para o vestibular. Uma vez escolhida a profissão, o que, em nosso contexto, se faz de modo excessivamente precoce, o estudante universitário, além de entrar em contato com as habilitações, formações complementares, regulamentações, empecilhos e prazeres do ofício escolhido, deveria ter a responsabilidade e liberdade de participar de sua própria formação, o que o tornaria menos passivo e mais co-responsável por todo o processo de aprendizagem e de formação profissional. Um segundo aspecto do ensino superior que reforça a “concepção bancária” é o excesso de responsabilidade delegada a cada professor na condução das disciplinas, em detrimento da participação ativa dos alunos. 
O que muita vezes inibe o aluno, pois o professor detêm ainda o poder de ser o condutor do ensino, ao invés de estar como mediador e estimulador do debate, que sera o método propulsor de uma aprendizagem , que muitas vezes o professor tem medo que ocorra,e acabe interrompendo seu domínio do saber, e da sua autonomia didática em uma educação que não amplia o conhecimento mas retem o saber dentro das propostas da Universidade. Vindo a reprimir o saber e a aquisição de um conhecimento ainda mais propulsor e indicador de novas descobertas, provenientes de avaliações da realidade vivenciada. 

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