(Morrin,2005) “A racionalização é a construção de
uma visão coerente, totalizante do universo, a partir de dados parciais, de uma
visão parcial, ou de um princípio único. Assim, a visão de um só aspecto das
coisas (rendimento, eficácia), a explicação em função de um fator único (o
econômico ou o político), a crença que os males da humanidade são devidos a uma
só causa e a um só tipo de agentes constituem outras tantas racionalizações”. Vemos
nesta declaração de cunho definidor de Morrin, uma visão holística no âmbito do
racional e sua efetivação no Ser humano. Produção racional, vem então de não só
uma mentalização ou exploração de uma pesquisa ou estudo sobre determinado
assunto ou objeto; mas sim de uma ampliação e saturação da proposta de saber e
conhecer na hermenêutica exploradora do próprio Universo em que respiramos.
Estar acreditando no processo de exploração
consciente em uma superação do cognitivo em sua captação e dedução do explorado
ou seja da pesquisa. Causa novas visões e percepções, que irão além do nosso
compreender; mas quando nossos impulsos e estímulos racionalizadores são tolhidos,
então as nossas percepções e perspectivas são comprometidas. Não deduzimos e
compreendemos a pesquisa como sendo o produto que nos conduzira além; nossa
racionalização agora é objeto de conveniência do sistema que rege, nos tornando
manipulados pelos elementos que conduzem.
A sociedade cientifica é absorvida pelo interesses
dos condutores da propulsão social, a economia e a política; detentoras de
elementos singulares e mesquinhos na visão racional do pesquisador, porem este
não tem como ir além em suas intenções racionalizantes. Não podemos ser
conduzidos, mas acabamos absorvidos para podermos viver e nos manter em nossos
anseios profissionais e nos tramites de nossa vocação.
Racionalização que possui direcionamentos
externos ao seus elos de produção cientifica, se torna uma banalização do saber
que deve ser livre para se manifestar em todas as suas amplitudes naqueles que
ousam o buscar e ampliar. Assim não podemos prender ou enclausurar nos muros
manipuladores do sistema a nossa racionalização.
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