terça-feira, 23 de dezembro de 2014

VALORES SUPREMOS SE DESMORONAM NA SOCIEDADE PÓS MODERNA.

O desmoronamento dos valores supremos não significa a imposição de novos valores estáveis, “a liquidação dos valores supremos também não é o estabelecimento ou restabelecimento de uma situação de ‘valor’ no sentido forte; não é uma reapropriação, porque o que se tornou supérfluo é, precisamente, qualquer ‘próprio’ (inclusive no sentido semântico do termo estável). ‘O mundo verdadeiro tornou-se uma fábula’, escreve Nietzsche no Crepúsculo dos Ídolos. Não, porém, o ‘pretenso’ mundo verdadeiro, mas o mundo verdadeiro tout court. E, se Nietzsche também acrescenta que, desse modo, a fábula não mais o é porque não há verdade alguma que a desvende como aparência e ilusão, a noção de fábula não perde em absoluto o seu sentido. De fato, ela proíbe atribuir às aparências que a compõem a força coercitiva que pertencia ao ontos on metafísico”. Com a desconstrução do mundo verdadeiro a fábula não pode fazer as vezes de verdade pois seria voltar a metafísica. Os valores são considerados norteadores, porém o mundo os conduz em suas concepções   e deduções.  Mas se os valores supremos estão se esvaindo e outros vão renascendo, são sem um teor de equalização não das deduções ouvidas por aqueles que percorrem o mundo, mas sim por todos que possuem propostas construtoras de novas possibilidades do que podemos acreditar ou defender; vindo assim a tornar-se um valor e uma regra. Mas os valores supremos ainda existem e possuem um verdadeiro sentido para todas as existências sobre a terra. Assim estamos sobrevivendo e esperamos mais um momento nas visibilidades pós modernas.  

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