terça-feira, 12 de maio de 2015

O INCONSCIENTE NA ÓTICA DE LACAM- P/2

    O inconsciente de Freud não e de modo algum o inconsciente romântico da criação imaginante. Não e o lugar das divindades da noite. Sem dúvida que isto não deixa totalmente de ter relação com o lugar para ou de se volta o olhar de Freud - mas o fato de lung, neIe de termos do inconsciente romântico, ter sido repudiado por Freud, nos indica bast ante que a psicanalise introduz outra coisa. Do mesmo modo, para dizer que 0 inconsciente tão intrometido, tão heter6clito, que durante toda a sua vida de filosofo solitário Eduardo Von Hartmann elaborou, não e o inconsciente de Freud, também não seria preciso ir muito longe, pois Freud, no sétimo capitulo de A Ciência dos Sonhos, refere-se, ele próprio, a isto, em nota quer dizer que e preciso olhar isso mais de perto para designar o que, em Freud, se distingue. A todos esses inconscientes sempre mais ou menos afiliados a uma vontade obscura considerada como primordial, a algo de antes da consciência, o que Freud opõe e a revelação de que, ao nível do inconsciente, há algo homologo em todos os pontos ao que se passa ao nível do sujeito isso fala e funciona de modo tão elaborado quanta o do nível consciente, que perde assim o que pare cia seu privilegio. Estou sabendo das resistências que ainda provoca está simples chamada, no entanto sensível no mínima texto de Freud. Leiam, sobre isto, 0 parágrafo desse sétimo capitulo intitulado
     O Esquecimento nos Sonhos, a propósito de que Freud só faz referência aos jogos do significante. Não me contento com essa referência maciça. Eu lhes soletrei, ponto por ponto, o funcionamento do que nos foi produzido primeiro por Freud como fenômeno do inconsciente. No sonho, no ato falho, no chiste que e que chama atenção primeiro? E o modo de tropeço pelo qual eles aparecem.

        Assim, o inconsciente se manifesta sempre como o que num corte do sujeito donde ressurge um achado que Freud assimila ao desejo que situaremos provisoriamente na metonímia desnudada do discurso em causa, em que 0 sujeito se saca em algum ponto inesperado. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário